Para ler a crônica completa, clique no link abaixo:
https://escritorsacolinha.com/sobre-infancia-negritude-e-revide/
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“Mc Cidinho & Doca” já cantavam na ascenção do funk carioca, em 2000, que: “Nunca vi cartão postal que se destaque uma favela, só vejo paisagem muito linda e muito bela”. E foi querendo ser feliz e andar tranquilamente nas periferias onde nasceu e vive, que Ademiro Alves de Sousa, conhecido como Sacolinha virou escritor e quis transformar essa realidade.
Para contar essa história, o Próxima Parada desembarca em Suzano, na Grande São Paulo, onde Sacolinha vive desde 1998. O escritor tem 9 livros publicados e é idealizador de diversos projetos de incentivo à leitura, um deles, “Literatura e paisagismo: revitalizando a quebrada”, que leva poesias para os muros das periferias de Suzano e os transforma em cartões postais.
Nesta segunda-feira (24), nós batemos um papo com ele e falamos sobre a vida, carreira, e a importância da valorização das potências das periferias.
Clique aqui para ouvir o podcast na íntegra
Festival Literatura e Paisagismo gera empregos e dá vida nova à periferia
Um colorido especial tomou conta das ruas do Jardim Miguel Badra Baixo e Alto, periferia de Suzano, no último final de semana, com o encerramento da segunda edição do Festival Literatura e Paisagismo – Revitalizando a Quebrada. A iniciativa idealizada pelo escritor Ademiro Alves, o Sacolinha, com o patrocínio do Programa de Ação Cultural (ProAC LAB) mostrou como a arte é mobilizadora para criar animações urbanas e trazer inovação social, como vem desafiando a crise sanitária. Foram contratadas 40 pessoas e gerados 22 empregos indiretamente.
Um dos destaques da ação foi seu caráter social. Além de promover mobilidade ativa aliando arte e sustentabilidade dentro das comunidades, a atividade contribuiu para gerar trabalho e renda não somente aos artistas – público amplamente afetado pela pandemia. A equipe se empenhou em seguir todos os protocolos sanitários impostos pela pandemia. Foram utilizados 2 litros de álcool em gel e distribuídas 100 máscaras.
O Festival revitalizou um total de dez muros e realizou 23 plantios de árvores. Além disso, 200 mudas de hortaliças foram distribuídas à população pelo Instituto Agroterra na Comunidade. Todo lixo produzido (latas de tintas, copos de água, saquinhos de lanche etc) está sendo encaminhado para a reciclagem.
As atividades tiveram início na quinta-feira (12 de agosto), com a capinação das calçadas, pintura e limpeza dos muros. No sábado (14/08) teve início a grafitagem e poesia nos muros, além do plantio das árvores, que continuaram no domingo. Durante a ação, um carro de som percorreu cada local revitalizado para apresentar os saraus literários.
Ao todo, 30 artistas mostraram seu trabalho no Festival, entre grafiteiros, poetas, dançarinos e músicos. A equipe agora se debruça na produção de um documentário cinematográfico sobre a ação e também dos cartões postais das artes produzidas nos muros. Serão confeccionados 10 mil postais para serem distribuídos gratuitamente.
Na avaliação do coordenador, o escritor Sacolinha, o Festival superou as expectativas e mostrou como a arte tem poder maior que o político para promover a transformação social:
“Eu poderia citar dezenas de situações que fizeram esse festival valer à pena, mas vou me ater somente à questão do público que circulou pelas intervenções. Cada olhar, cada sorriso, cada sinal de joia e cada buzina, confirmaram o quanto a arte e os eventos culturais são necessários na periferia. Eu já sabia disso, mas a pandemia escancarou ainda mais essa necessidade”, ressaltou.
Nesse 1 ano de pandemia do corona vírus preciso
agradecer imensamente aos leitores e admiradores do meu trabalho. Cada livro
vendido, cada camiseta poética adquirida, me ajudam a manter os projetos em
andamento, sendo alguns deles: O Literatura e Paisagismo – Revitalizando a
Quebrada, o plantio de árvores, os cartões postais e os adesivos poéticos, as
doações de livros e da estrutura para as bibliotecas comunitárias da periferia
e muitos outros projetos que a gente faz sem divulgar e querer visibilidade por
isso.
E vocês que neste momento estão adquirindo, na
pré-venda, a 3ª edição de Graduado em marginalidade: OBRIGADO, OBRIGADO E
OBRIGADO!!!
E quem quer se sentir parte disso, aproveita a
pré-venda. Adquira pra você ou pra dar de presente.
O livro está com preço promocional de R$ 40,00 por
R$ 30,00 e frete gratuito, somente até esta quarta-feira 10/3.
www.escritorsacolinha.com/loja
Têm também as camisetas poéticas que é uma mais
linda que a outra. Aceito cartões, PIX, transferência, boleto, depósito e etc.
Só não aceito ficar parado vendo o povo sem livro, leitura e literatura.
Alessandra Félix que digitou o livro pra mim em
2004, quando eu não tinha computador.
Fernando Bonassi pelo comentário que saiu na 1ª e
agora sai na 3ª edição.
Adauto que me emprestou a calça de capoeirista para
eu posar pra foto da capa.
João Pinheiro que fez a capa da 2ª edição.
Jefferson Glauber, que cuida do meu site e da loja
virtual.
Alanda Alves, que me assessora.
Landy Freitas que entende quando eu me ausento de
alguns afazeres domésticos porque estou no último minuto do segundo tempo na
entrega do projeto.
Elidiane Alexandrino, autora das fotos que compõem
essa 3ª edição.
Edinho Guerreiro de Fé que nos acompanhou nas duas
sessões de fotos.
Luciana Moreno, minha revisora desde 2018.
Flávio Martins, que fez uma ótima edição.
E mais uma vez agradeço aos leitores que estão
adquirindo esta 3ª edição. O momento não está sendo fácil, financeiramente
falando, mas vocês estão contribuindo para que não seja pior.
E se eu esqueci de alguém, só me avisar. Que faço questão de citar e agradecer.
CONTINUAMOS NA PRÉ-VENDA. AGORA COM O NOVO VALOR QUE VAI ATÉ DIA 10/3
Realizado em dezembro de 2020, com apoio da Lei Aldir Blanc e parceria com a Prefeitura de Suzano - Secretaria de Cultura, o Festival Literário e de Cultura Urbana contou com a participação de mais de 100 artistas, entre eles escritores, grafiteiros, músicos e atores.
Confira neste vídeo um resumo do que foi esse grande evento realizado pela Associação Cultural Literatura no Brasil.
3 livros + 1 kit de cartões postais e adesivos poéticos, por R$ 94,90. Frete gratuito.
Entre amar e morrer, eu escolho sofrer - Conto - 2020
Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser - Crônicas - 2019
Brechó, Meia-noite e Fantasia - Contos - 2016
Advertência: esta história faz parte do projeto “O final você já sabe!”. É um conto e como tal é fictício e foi construído livremente baseado em fatos do cotidiano. Dessa forma, o autor não busca aqui imitar a realidade ou ser fiel a ela.
"Já a moça, ainda de luto, vê que é hora de fazer algo pela comunidade, pois várias pessoas estão perdendo seus empregos, os ambulantes, empregadas domésticas, pintores, entre outros, não tem mais de onde tirar sua renda."
Pioneiro na leitura, crítica e análise da Literatura Periférica, Eleilson Leite fez um comentário-resenha do "Entre amar e morrer, eu escolho sofrer".
Existe amor na pandemia
Por Eleilson Leite
Sacolinha é reconhecidamente talentoso no gênero do conto e seu prestígio nas narrativas curtas, transcende o circuito da literatura periférica. A Editora Todavia percebeu a habilidade do escritor de Suzano e publicou o excelente “Entre amar e morrer, eu escolho sofrer” numa série de títulos lançados no contexto da pandemia da COVID 19.
Com trinta páginas, o conto é praticamente uma novela protagonizada por Malu e Bibiano, dois jovens moradores de uma das maiores favelas do país. Trajetórias distintas se encontram em meio às ações de solidariedade na comunidade. Na narrativa ficcional, o autor registra diversas iniciativas de atendimento aos mais vulneráveis como as que a Favela de Paraisópolis, de São Paulo empreendeu e que ficaram nacionalmente conhecidas, entre as quais, os coordenadores de rua e as unidades móveis de saúde. As acirradas disputas no polarizado cenário político nacional também estão presentes na obra, mas bem dosadas para não tirar o foco do enredo que se passa no chão do território periférico.
Malu toma frente da Associação de moradores dominada por dirigentes corruptos. Estrategista, sabia negociar com o traficante e com os pastores evangélicos. Bibiano ficava no apoio, seja ajudando os mais velhos no acesso ao auxílio emergencial, ou na distribuição de cestas básicas. A energia da coletividade entre os mais pobres aproxima os dois, ambos vivendo ainda o luto da perda dos pais para o coronavírus. Um conforta o outro e a relação cresce em meio a tragédia que assola a comunidade e o país. Nos contos de Sacolinha, porém, não cabem desfechos óbvios. No final o leitor vai entender o sentido do título do livro e suas três possibilidades de destino.
Sacolinha com seu conto nos salva da inércia e da apatia, mostrando que entre os mais pobres encontramos a possibilidade de superação de uma situação tão adversa e inusitada que tem sido a pandemia da COVID 19. Superação esta que não é individual, mas coletiva como são as lutas populares. Mostra que entre os mais humildes há mais potência do que carência, além de destacar o protagonismo de dois jovens negros, pautando raça, classe e gênero, numa narrativa politizada, mas não panfletária. Uma história verossímil, mas contada com uma elegância poética que provoca no leitor a sensação de esperança e encantamento.
Eleilson Leite é coordenador de cultura da ONG Ação Educativa e colunista de literatura periférica do Site Outras Palavras.
Saiu mais uma resenha do livro "Entre amar e morrer, eu escolho sofrer". Dessa vez feita pelo blog Inspirações Paralelas.
"Os personagens principais MALU E BIBIANO trazem visões estimulantes e diferentes de uma mesma realidade, com uma pitada de romance e possibilidades em meio a toda uma instabilidade social.
Mais do que um mero relato da realidade, SACOLINHA instiga o leitor a sair do papel de coadjuvante e mergulhar na desafiadora missão de ser protagonista de uma realidade caótica e incerta."
Para ler a resenha completa clique aqui.
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FOTO: Elidiane Alexandrino |