terça-feira, agosto 24, 2021

Podcast - Agência Mural

Conheça Sacolinha, o ‘pastor da palavra’ em Suzano



“Mc Cidinho & Doca” já cantavam na ascenção do funk carioca, em 2000, que: “Nunca vi cartão postal que se destaque uma favela, só vejo paisagem muito linda e muito bela”. E foi querendo ser feliz e andar tranquilamente nas periferias onde nasceu e vive, que Ademiro Alves de Sousa, conhecido como Sacolinha virou escritor e quis transformar essa realidade.

Para contar essa história, o Próxima Parada desembarca em Suzano, na Grande São Paulo, onde Sacolinha vive desde 1998. O escritor tem 9 livros publicados e é idealizador de diversos projetos de incentivo à leitura, um deles, “Literatura e paisagismo: revitalizando a quebrada”, que leva poesias para os muros das periferias de Suzano e os transforma em cartões postais.

Nesta segunda-feira (24), nós batemos um papo com ele e falamos sobre a vida, carreira, e a importância da valorização das potências das periferias.

Clique aqui para ouvir o podcast na íntegra

Balanço

Festival Literatura e Paisagismo gera empregos e dá vida nova à periferia

 


Iniciativa realizada pelo escritor Sacolinha com patrocínio do ProAC LAB contemplou a população do Miguel Badra Baixo e Alto com intervenções artísticas de grafite, poesia e plantio de árvores

 

Um colorido especial tomou conta das ruas do Jardim Miguel Badra Baixo e Alto, periferia de Suzano, no último final de semana, com o encerramento da segunda edição do Festival Literatura e Paisagismo – Revitalizando a Quebrada. A iniciativa idealizada pelo escritor Ademiro Alves, o Sacolinha, com o patrocínio do Programa de Ação Cultural (ProAC LAB) mostrou como a arte é mobilizadora para criar animações urbanas e trazer inovação social, como vem desafiando a crise sanitária. Foram contratadas 40 pessoas e gerados 22 empregos indiretamente.

 

Um dos destaques da ação foi seu caráter social. Além de promover mobilidade ativa aliando arte e sustentabilidade dentro das comunidades, a atividade contribuiu para gerar trabalho e renda não somente aos artistas – público amplamente afetado pela pandemia. A equipe se empenhou em seguir todos os protocolos sanitários impostos pela pandemia. Foram utilizados 2 litros de álcool em gel e distribuídas 100 máscaras.

 

O Festival revitalizou um total de dez muros e realizou 23 plantios de árvores. Além disso, 200 mudas de hortaliças foram distribuídas à população pelo Instituto Agroterra na Comunidade. Todo lixo produzido (latas de tintas, copos de água, saquinhos de lanche etc) está sendo encaminhado para a reciclagem.

 

As atividades tiveram início na quinta-feira (12 de agosto), com a capinação das calçadas, pintura e limpeza dos muros. No sábado (14/08) teve início a grafitagem e poesia nos muros, além do plantio das árvores, que continuaram no domingo. Durante a ação, um carro de som percorreu cada local revitalizado para apresentar os saraus literários.

 

Ao todo, 30 artistas mostraram seu trabalho no Festival, entre grafiteiros, poetas, dançarinos e músicos. A equipe agora se debruça na produção de um documentário cinematográfico sobre a ação e também dos cartões postais das artes produzidas nos muros. Serão confeccionados 10 mil postais para serem distribuídos gratuitamente.

 

Na avaliação do coordenador, o escritor Sacolinha, o Festival superou as expectativas e mostrou como a arte tem poder maior que o político para promover a transformação social:

 

“Eu poderia citar dezenas de situações que fizeram esse festival valer à pena, mas vou me ater somente à questão do público que circulou pelas intervenções. Cada olhar, cada sorriso, cada sinal de joia e cada buzina, confirmaram o quanto a arte e os eventos culturais são necessários na periferia. Eu já sabia disso, mas a pandemia escancarou ainda mais essa necessidade”, ressaltou.




domingo, agosto 08, 2021

Festival Literário

PROJETO LITERATURA DAS BORDAS, APRESENTA:
2º FESTIVAL LITERATURA E PAISAGISMO - REVITALIZANDO A QUEBRADA


PS: O Festival está sendo organizado de modo a não promover aglomerações. Por isso o motivo de não divulgarmos os endereços onde irão ocorrer as intervenções. A ideia é que tenham acesso ao festival somente os moradores que estejam circulando pelos locais.