A palestra desta terça passada, que ministrei lá na Pastoral da Juventude em Itaquaquecetuba, foi muito maravilhosa. A platéia era composta por mais de 50 jovens da comunidade, sem contar a presença do grupo Nós por Nós, que organiza e produz cultura divergente em Itaquá, Itaim e Poá.
A palestra começou às 19h50 e só foi terminar às 21h40. Rolou umas perguntas bacanas a respeito do tema "Meu Brasil, Brasileiro" e consegui fazer algumas provocações que, acho, deixou uma turma com um coceira na cabeça. As provocações rolou por cima das variadas culturas que nos cercam, inclusive a cultura da objetividade e do imediatismo. E como não fui bobo nem nada, levei o assunto para o lado da literatura com a ajuda da música "Estrangeirismo" do músico popular Carlos Silva.
A experiência foi ótima.
E para finalizar eu li o conto "O aluno que só queria cabular uma aula" texto que faz parte da nova edição do livro "85 Letras e um Disparo" de minha autoria.
Aí, na hora que a galera estava levantando para ir embora, fiz a provocação final: doei duas revistas literárias e mais um livro e disse:
- Quem aqui, seja da organização desse evento ou da comunidade mesmo, é capaz de assumir a responsabilidade da criação de uma biblioteca comunitária nesse espaço? Pra começar estou doando literatura de 60 autores. Quem topa?
Ficou um clima meio sinistro, e parecia mesmo que ninguém ia levantar a mão, aí quando eu ía começar a apelar, o músico Felipe Tognóli, junto com o João e o jornalista Jorge Américo, levantaram a mão e disseram:
- A gente topa.
Pedi uma salva de palmas para eles e depois falei para os jovens ficarem em cima para a biblioteca acontecer. Se depender dessa turma do Nós por Nós, o projeto já está consolidado, tanto que enquanto as pessoas se preparavam para ir embora eles já estavam num canto planejando a biblioteca.
Vida longa pra gente.
Saudações à todos.
Sacolinha!!!
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