sábado, abril 19, 2008

Uma poesia

O vermelho massacrado
Sacolinha!
Jorge cantou
Que todo dia
Era dia do índio
Mas que hoje
Ele só tem
O dia 19 de abril
E a raça entrou na dança
Não na dança da chuva
Acabou recebendo
Rótulos e marcas
Virou produto comercial
“Índio, fazer barulho”
Palha da costa e folhas secas
Perderam o espaço
Para ternos e gravatas
No bolso
O instrumento de comunicação
Alô! Pois não?
Adeus fogueira
Adeus fumaça
Pero Vaz
Descreveu em sua carta
A chegada
Do homem branco
E a ingenuidade dos índios
Começou aí
O massacre
Da cultura
Desta raça
Avermelhada.